27 agosto 2006

Emily Dickinson (1830 - 1886)

Não precisamos ser um quarto mal-assombrado -
nem precisamos ser uma casa.
O cérebro tem seus corredores - que vão além do material.
muito mais seguro, é encontrar à meia-noite um fatasma externo,
do que confrontar sua contraparte interior - o anfitrião gelado.
Muito mais seguro, é galopar pela igreja perseguindo pedras, do que encontrar, desarmado,
nosso próprio rosto em lugar ermo.
Nós mesmos, escondidos atrás de nosso rosto
- é o que mais nos aterroriza.
Um assassino escondido em nosso apartamento,
é um horror menor.
O corpo pede um revólver emprestado -
e tranca a porta, que dá para um espectro superior - ou mais.
Emily Dickinson


Nenhum comentário: