02 setembro 2009

(Retirantes - Portinari)


Tenho fome de orgulho, de esperança

Coração bate fraco, não descansa

Gado morre, sede cresce

Vento, chuva nunca aparece.


São Francisco que perdoe, ajoelho e junto as “mão”

Mas da vida que levo, nem santo tira a decepção

Boca seca, mão com calo. Pé rachado do calor

E os sonhos vão embora levando junto o amor.


Amor por terra, família. Amor pelo sertão.

Ou pela "minina" cheirosa que roubou meu coração.

Por água, que não chega. Por vento que não vem.

Sertanejo faz as malas, e deixa tudo o que tem.


É fome de liberdade. De lugar pra “trabaiá”

De desejo, de coragem ou de terra pra cuidar.

Deixa filho, deixa mãe, deixa bicho e deixa lar.

Sertanejo pede a Deus força pra continuar.


Autoria: Larissa Pontes, 12 anos ( Filha número 1 super amada e poderosa. )

2 comentários:

Anônimo disse...

Poderosa mesmo. Menina danada, linda poesia!

Anônimo disse...

Lindo poema de linda menina!